Em 1941, começa a escrever críticas sobre o tema para o jornal A Manhã. A partir de então, sua relação com o meio cinematográfico atravessou quase todos os setores. Além de crítico, Vinicius foi produtor, roteirista, delegado e presidente de festivais de cinema nacionais e internacionais, autor de trilhas sonoras e personagem de documentário.
Durante a década de 1940, Vinicius participa ativamente de uma polêmica com Ribeiro Couto através de jornais. O tema era o fim do cinema mudo, defendido por Vinicius, em prol do cinema falado. Em 1946, ele segue para Los Angeles e passa a viver na cidade durante um longo período de vida diplomática. Nesse tempo, conhece grandes nomes de Hollywood e convive com brasileiros como Carmem Miranda e Aloysio de Oliveira. Vinicius chega a estudar cinema em 1947 com Orson Welles, além de lançar internacionalmente a revista Film, com o então jovem crítico brasileiro Alex Viany.
Na década seguinte, continua exercendo o ofício de crítico em jornais como Última Hora. Começa a participar de júris em festivais internacionais e percorre em 1952 os principais festivais da Europa. Em 1959, a adaptação cinematográfica francesa de sua peça Orfeu Negro, com roteiro original dele próprio, ganha a Palma de Ouro em Cannes e o Oscar de Melhor Filme Estrangeiro. Já na década seguinte, estreia como diretor em um documentário encomendado pelo Ministério da Educação e Cultura, dedicado ao Edifício Capanema e aos azulejos do amigo Candido Portinari. Documentário este que, infelizmente, desaparece nos arquivos da burocracia estatal. Em 1965, nova incursão cinematográfica, agora trabalhando com o cineasta carioca Leon Hirzsman no roteiro de Garota de Ipanema, filme que estrearia sem grande sucesso em 1967.
De fato, a maioria das experiências de Vinicius no cinema resultaram em planos inconclusos e interrompidos. Aleijadinho, documentário encomendado por Alberto Cavalcanti em 1952, Arrastão, uma adaptação da lenda de “Tristão e Isolda” em solo brasileiro e Polichinelo, roteiro escrito e nunca filmando, de 1974, são apenas três exemplos de muitos outros planos cinematográficos que não se concretizaram. Mas a fortuna crítica que Vinicius nos deixou sobre o cinema do seu tempo, presente nos textos desta seção do site, torna-se mais um precioso documento da história cultural brasileira no século XX.
De fato, a maioria das experiências de Vinícius com o cinema resultaram em planos inconclusos e interrompidos. Aleijadinho, documentário encomendado por Alberto Cavalcanti em 1952, Arrastão, uma adaptação da lenda de “Tristão e Isolda” em solo brasileiro e Polichinelo, roteiro escrito e nunca filmando de 1974 são apenas três exemplos de muitos outros planos cinematográficos que não se concretizaram. Mas a fortuna crítica que Vinícius nos deixou sobre o cinema do seu tempo, presente nos textos desta seção do site, torna-se cada vez mais um precioso documento da história cultural brasileira no século XX.
Crônicas Cinema
Cinéfilo de longa data, ainda em 1930 participa com outros amigos, na casa de Claudio Mello e Souza, do Chaplin Clube, primeiro cineclube da América do Sul dedicado à obra do ator e diretor norte-americano. Ele também participa da fase final da breve revista do cineclube, intitulada O Fan.