Vinicius
Vinicius de Moraes nasceu em 19 de outubro de 1913, na Gávea, no Rio de Janeiro. Cursou a Faculdade de Direito, no Rio, e a Universidade de Oxford, onde estudou literatura inglesa. É considerado um dos principais poetas de língua portuguesa, com mais de 20 livros publicados em vida e traduções em diversos países. É autor de Soneto de fidelidade, Soneto de separação, Pátria minha e Operário em construção entre outros poemas de enorme popularidade.Foi também cronista, crítico de cinema, dramaturgo e letrista.
Na montagem da peça teatral Orfeu da Conceição, em 1956, começou a parceria musical com Tom Jobim, uma das mais importantes da música popular mundial. A dupla fez parte dos fundadores da bossa nova, e criou canções de grande sucesso nacional e internacional, como “Chega de saudade”, “Insensatez"e “Garota de Ipanema”, uma das canções mais executadas da história da indústria fonográfica mundial. Orfeu da Conceição foi adaptado para o cinema e ganhou o Oscar de Filme Estrangeiro e a Palma de Ouro em 1960.
Vinicius deixou sua marca definitiva no cancioneiro popular brasileiro, ao lado de uma vasta lista de amigos e músicos, que inclui Baden Powell, Chico Buarque, Carlos Lyra, Edu Lobo e Toquinho. Seu último trabalho foi a versão musical de seu livro de poemas infantis, A arca de Noé, que gerou dois álbuns e um programa de TV, em 1980, vencedor do prêmio Emmy, em 1981.
Morreu em sua casa, no Rio de Janeiro, aos 66 anos, em 9 de julho de 1980, no Rio.
CRONOLOGIA VINICIUS DE MORAES – VIDA E OBRA
1913
Nasce em 19 de outubro, na rua Lopes Quintas, no bairro da Gávea (atual Jardim Botânico), no Rio de Janeiro. Com o nome de batismo Marcus Vinitius da Cruz de Mello Moraes (apenas aos nove anos registra o Vinicius de Moraes), é filho de Lydia Cruz de Moraes e Clodoaldo Pereira da Silva Moraes.
1916
Sua família se muda para a rua Voluntários da Pátria, 192. É o início de uma longa relação de Vinicius e sua família com o bairro de Botafogo. Passa a residir com os pais e a irmã Lygia na casa dos avós paternos, Maria Conceição de Mello Moraes e Anthero Pereira da Silva Moraes.
1917
Nasce seu irmão Helius. Entra para a Escola Primária Afrânio Peixoto, na Rua da Matriz, Botafogo.
1922
Seus pais e irmãos se mudam para um endereço na praia de Cocotá, na Ilha do Governador, bairro da zona norte do Rio. Passa a viver entre a casa do avós e a nova residência dos pais.
1924
Inicia o curso secundário no Colégio Santo Inácio, à rua São Clemente, Botafogo. Torna-se participante assíduo das atividades artísticas escolares. É cantor no coro da igreja, além de ator e cantor nas peças infantis.
1927
Forma com amigos do Santo Inácio um pequeno conjunto musical para atuar em festas particulares. Além dos irmãos Paulo e Haroldo Tapajós, faziam parte das apresentações Maurício Joppert e Moacir Veloso Cardoso de Oliveira.
1928
Compõe suas primeiras canções. Com Haroldo Tapajós faz “Loura ou morena” e, com Paulo Tapajós, “Canção da noite”. As duas alcançariam certo sucesso no início da década de 1930.
1929
Torna-se bacharel em letras pelo Colégio Santo Inácio. Sua família se muda da Ilha do Governador para uma casa na rua Lopes Quintas, Jardim Botânico, Rio de Janeiro, mesma rua em que nasceu o poeta.
1930
Com apenas 17 anos, entra para a Faculdade de Direito da rua do Catete, Rio de Janeiro. Conhece no Centro Acadêmico de Estudos Jurídicos e Sociais (CAJU) um grupo de intelectuais que exerceria grande influência na criação de seus primeiros livros. Dentre estes, estavam nomes como de Otávio de Faria, espécie de primeiro mentor intelectual de Vinicius, e outros como San Thiago Dantas, Américo Lacombe, Hélio Viana, Plinio Doyle, Chermont de Miranda e Antonio Galloti.
1931
Entra para o Centro de Preparação de Oficiais da Reserva (CPOR) do Exército.
1932
Publica pela primeira vez um poema de sua autoria nas páginas da revista A Ordem, edição de outubro. A revista era editada pelo intelectual católico e crítico literário Tristão de Athayde. Seu poema intitulava-se “A transfiguração da montanha”.
1933
Forma-se em direito e termina o curso no CPOR. Publica pela Schmidt Editora (de propriedade do poeta Augusto Frederico Schmidt) seu primeiro livro de poemas: O caminho para a distância.
1935
Pela editora Irmãos Pongetti, publica seu segundo livro, Forma e exegese. Ganha o prestigioso Prêmio de Literatura Filipe d’Oliveira.
1936
Novamente pela editora Irmãos Pongetti, lança seu terceiro livro, uma separata que traz o longo poema intitulado “Ariana, a mulher”. Conhece o poeta Manuel Bandeira, que influenciaria de forma decisiva sua escrita a partir de então. Já tem no círculo de amigos nomes como Murilo Mendes, Carlos Leão, Pedro Nava, Lucio Costa, Jayme Ovalle e Carlos Drummond de Andrade. Substitui Prudente de Moraes Neto como representante do Ministério da Educação junto à Censura Cinematográfica Federal.
1938
Publica pela editora José Olympio os Novos poemas, seu quarto livro. Ganha bolsa do Conselho Britânico para estudar literatura inglesa no Magdalen College, da Universidade de Oxford. Parte em agosto para a Inglaterra.
1939
Ainda na Inglaterra, casa-se, por procuração, com Beatriz Azevedo Mello, a Tati, sua primeira mulher. Com a eclosão da Segunda Guerra Mundial, retorna para o Brasil.
1940
Mora com Tati em um apartamento na rua das Acácias, Gávea. É lá que nasce sua primeira filha, Susana. Logo depois, a família se instala em uma casa na esquina das ruas Carlos Góis e General San Martin, no Leblon. Passa uma temporada em São Paulo, onde se aproxima do escritor e ideólogo do Modernismo brasileiro Mário de Andrade. Conhece também nesse período jovens intelectuais de São Paulo, como Antonio Candido e Paulo Emílio Salles Gomes, dos quais se tornaria interlocutor e amigo.
1941
Começa a escrever críticas de cinema para o jornal A Manhã e colabora para o “Suplemento Literário” de O Jornal.
1942
Nasce seu segundo filho, Pedro. Ao longo do ano, participa de um intenso debate público sobre o cinema mudo versus o cinema falado. A polêmica arregimentou intelectuais de diversas áreas e ocupou as páginas dos principais jornais. Ele era um fervoroso defensor do cinema mudo. Conhece o diretor de cinema norte-americano Orson Welles, figura de suma importância para sua relação com a linguagem cinematográfica nos anos seguintes. Faz também uma extensa viagem pelas regiões Norte e Nordeste do Brasil em companhia do escritor norte-americano Waldo Frank. Posteriormente o poeta afirmou diversas vezes a influência determinante dessa viagem para uma “virada” no seu pensamento político e na sua compreensão da sociedade brasileira. Na passagem pelo Recife, Vinicius conhece o poeta João Cabral do Melo Neto, de quem se tornaria grande amigo.
1943
Novamente pela editora Irmãos Pongetti, publica seu quinto livro, Cinco elegias. Ingressa, por concurso, na carreira diplomática.
1944
Trabalha nos serviços burocráticos do Itamaraty e dirige o “Suplemento Literário” de O Jornal, caderno que tinha colunas assinadas por nomes como Oscar Niemeyer, Pedro Nava, Carlos Leão e Lúcio Rangel, entre outros jovens intelectuais da época.
1945
Escapa da morte em um grave acidente de avião. No dia 2 de novembro embarca com os amigos Aníbal Machado e Moacir Werneck de Castro no hidroavião francês Leonel de Marnier, em vôo para Buenos Aires. Apesar do desastre, que teve uma vítima fatal, Vinicius e os amigos retornam ilesos ao Rio de Janeiro.
1946
Assume seu primeiro posto diplomático, como vice-cônsul em Los Angeles, Estados Unidos. Mora em Hollywood com Tati e os filhos Susana e Pedro. Publica, em edição de luxo com 22 ilustrações do amigo Carlos Leão, o livro Poemas, sonetos e baladas.
1947
Aproxima-se do cinema norte-americano por meio do contato com Orson Welles e Gregg Toland. Nos anos seguintes, acompanha de dentro do set de filmagem a criação de dois longa-metragens de Welles: A dama de Xangai e MacBeth. Lança com Alex Viany a revista Film, publicada no Brasil pela Bloch Editores.
1949
Por meio de iniciativa de João Cabral de Melo Neto, seu amigo e também funcionário do Itamaraty, publica uma edição especial de cinquenta exemplares do poema “Pátria minha”. A tiragem é feita na prensa pessoal do poeta pernambucano.
1950
Morre Clodoaldo, seu pai. Vinicius retorna de Los Angeles.
1951
Casa-se com sua segunda esposa, Lila Bôscoli, com quem se muda para um apartamento na praia do Arpoador, Ipanema, Rio de Janeiro. Colabora como cronista diário do jornal Última Hora.
1952
Com os primos Humberto e José Franceschi, viaja durante um mês pelas cidades históricas de Minas Gerais, registrando e fotografando a obra do artista mineiro Aleijadinho, sobre quem pretendia fazer um filme. Durante uma temporada na Europa, inicia com o poeta francês Jean-George Roueff a tradução para o francês de suas Cinco elegias.
1953
Nasce sua filha Georgiana. Colabora para o suplemento cultural “Flan”, do jornal Última Hora. Segue rumo a Paris como segundo secretário da embaixada brasileira. É publicada em Paris “Cinq Élégies” a tradução francesa de suas “Cinco elegias”. Compõe com o amigo Antonio Maria o samba “Quando tu passas por mim”. A canção foi gravada por Aracy de Almeida.
1954
Publica pela editora A Noite sua Antologia poética. Sua peça Orfeu da Conceição é premiada no concurso de teatro do IV Centenário do Estado de São Paulo e publicada na revista Anhembi.
1955
Conhece o produtor de cinema Sacha Gordine. Juntos, desenvolvem o projeto de realizar um filme a partir de Orfeu da Conceição. Compõem em Paris uma série de canções de câmara com o maestro Cláudio Santoro.
1956
Nasce sua quarta filha, Luciana. Consegue uma licença-prêmio do Itamaraty e retorna ao Brasil por breve período para a montagem de Orfeu da Conceição. Convida o jovem maestro Antonio Carlos Jobim para compor as músicas do espetáculo, que contaria com cenário de Oscar Niemeyer e direção de Leo Justi. No elenco, nomes como Haroldo Costa, Cyro Monteiro e Abdias Nascimento. É lançado um disco com os temas da peça, com arranjos e regência de Tom Jobim, violões de Luiz Bonfá, voz de Roberto Paiva e capa do artista Raimundo Nogueira. No fim do ano, retorna ao posto diplomático em Paris.
1957
É transferido da embaixada brasileira de Paris para a delegação do Brasil junto à Unesco, também na capital francesa. No fim do ano é transferido para a embaixada brasileira no Uruguai e passa um breve período no Brasil antes seguir para Montevidéu no início do ano seguinte. Publica a primeira edição de seu Livro de sonetos pela editora carioca Livros de Portugal.
1958
Parte para Montevidéu. Casa-se com Maria Lúcia Proença, a Lucinha. Sofre um grave acidente de carro em Petrópolis, mas escapa ileso. Sai o LP Canção do amor demais, de Elizeth Cardoso, com músicas suas em parceria com Tom Jobim.
1959
Sai o disco Chega de Saudade, de João Gilberto, com a canção homônima da dupla Tom Jobim e Vinicius de Moraes, que seria consagrada no país durante aquele ano. A cantora Lenita Bruno grava o LP Por toda minha vida, apenas de canções da dupla. Com direção de Marcel Camus e baseado na peça Orfeu da Conceição, o filme Orfeu Negro ganha a Palma de Ouro do Festival de Cannes e o Oscar de melhor filme estrangeiro. Publica Novos poemas II, pela editora Livraria São José. Compõe com Tom Jobim, Sinfonia da Alvorada, para a inauguração de Brasília.
1960
Em meio à explosão da Bossa Nova, retorna definitivamente do Uruguai para servir na Secretaria de Relações Exteriores. Publica pela Editora do Autor (dos seus amigos Fernando Sabino e Rubem Braga) a segunda edição de Antologia poética, com acréscimos e revisões de poemas. Participa pela primeira vez de um disco como cantor. Foi no LP Bossa nova mesmo, coletânea organizada por Aloysio de Oliveira. Vinicius estreia cantando “Pela luz dos olhos teus”, de sua autoria.
1961
Inicia novas parcerias e começa a compor com o jovem Carlos Lyra. Publica pela Nuova Academia Editrice, em Milão, a tradução italiana de Orfeu Negro.
1962
Conhece e começa a compor com Baden Powell. Faz show com Tom Jobim e João Gilberto na boate Au Bon Gourmet, em Copacabana, Rio de Janeiro. Na mesma boate, apresenta com Carlos Lyra o espetáculo Pobre menina rica, estrelando a jovem cantora Nara Leão. Grava seu primeiro disco como cantor ao lado da atriz e cantora Odete Lara. Durante a composição a trilha sonora de Sol sob a lama, filme de Alex Viany, conhece Alfredo Pixinguinha, seu grande ídolo, de quem se torna parceiro. Forma parceria também com Ary Barroso. Publica pela Editora do Autor Para viver um grande amor, primeiro livro onde coloca lado a lado poesias e crônicas de sua autoria.
1963
Começa a compor com Edu Lobo. Compõe também com os jovens Francis Hime (de quem continuaria parceiro ao longo da vida) e Jards Macalé. Casa-se com Nelita Abreu Rocha e parte novamente rumo a Paris para ocupar um cargo diplomático junto à delegação do Brasil na Unesco.
1964
Regressa ao Brasil depois do Golpe Militar e volta a exercer regularmente o jornalismo assinando crônicas semanais para a revista Fatos e Fotos, bem como textos sobre música popular para o Diário Carioca. Faz, com Dorival Caymmi e o Quarteto em Cy, show na boate carioca Zum-Zum. O espetáculo fica em cartaz durante cinco meses e vira disco, lançado pela gravadora Elenco.
1965
“Arrastão”, canção composta com seu jovem parceiro Edu Lobo e interpretada por uma estonteante Elis Regina, é eleita a melhor música do I Festival Nacional de Música Popular Brasileira da TV Excelsior. Vinicius também leva o segundo prêmio com “Valsa do amor que não vem”, composta com Baden Powell e interpretada por Elizeth Cardoso. Começa a trabalhar com o jovem diretor Leon Hirszman no roteiro do filme Garota de Ipanema. Em edição do Serviço de Documentação do Ministério da Educação e Cultura, lança o texto da peça Cordélia e o Peregrino.
1966
É lançado pela gravadora Forma o disco Afro-sambas, de Vinicius e Baden Powell. Vinicius torna-se personagem de documentários para as televisões americana, alemã, francesa e italiana. Participa ao lado de Gilberto Gil e Maria Bethânia do show Pois é, com roteiro de Torquato Neto, Caetano Veloso e José Carlos Capinam, produção de sua filha Susana Moraes, e direção-geral de Nelson Xavier. Publica pela Editora do Autor Para uma menina com uma flor, livro em que reúne crônicas publicadas em jornal entre 1941 e 1966.
1967
É lançado o filme Garota de Ipanema, dirigido por Leon Hirszman. Grava e lança pela Elenco um disco solo, intitulado apenas Vinicius, com um repertório dedicado quase todo a suas parcerias com Baden Powell. São lançados pela editora Sabiá a sexta edição de sua Antologia poética e a segunda edição (ampliada) de seu Livro de sonetos.
1968
Perde a mãe, Lydia de Moraes, em 25 de fevereiro. É publicada pela Companhia Aguilar Editora a primeira edição de sua Obra poética. O trabalho de organização fica a cargo do crítico literário Afrânio Coutinho. Publica também, com seu filho Pedro, o livro de poemas e fotos O mergulhador.
1969
Após um ordem direta do presidente Arthur da Costa e Silva, Vinicius é exonerado do Itamaraty. Casa-se com Christina Gurjão. Em Lisboa, faz um show ao lado da fadista Amália Rodrigues. O show gera o intitulado Amália e Vinicius. Na Itália, grava com o cantor Sergio Endrigo e com seu amigo e tradutor, o poeta octogenário Giuseppe Ungaretti, o célebre disco La vita, amico, è l’arte dell’incontro.
1970
Nasce Maria, quinta filha de Vinicius, com Cristina Gurjão. Inicia a parceria com o jovem violonista Toquinho. Um de seus primeiros shows com Toquinho é em Buenos Aires, ao lado da cantora Maria Creuza. A gravação do show é lançada pela Diorama no disco Vinicius de Moraes en “La Fusa” con Maria Creuza y Toquinho. Em turnê ao lado de Marília Medalha e do Trio Mocotó, Vinicius e Toquinho percorrem trinta cidades no Brasil em 45 dias, tocando para um público extremamente jovem. A turnê é um enorme sucesso. Lança pela Editora Sabiá sua coletânea de poemas infantis A Arca de Noé. Casa-se com a atriz baiana Gesse Gessy.
1971
Muda-se para praia de Itapuã, na Bahia. Com o parceiro Toquinho, alcança grande sucesso popular com a música “Tarde em Itapuã”. Passa uma temporada ao lado de Toquinho realizando shows entre Buenos Aires e Mar del Plata, na Argentina.
1972
Na Itália, grava com Toquinho o disco Per vivere un grande amore. A dupla lança ainda, com Maria Creusa, o álbum Eu sei que vou te amar, versão brasileira do show que o trio realizou no ano anterior na boate argentina La Fusa. Com Marília Medalha, lança o disco Marília e Vinicius – encontros e desencontros. Ao lado de Toquinho e Clara Nunes, apresentam o show O poeta, a moça e o violão, no Teatro Castro Alves, em Salvador.
1973
Vinicius e Toquinho fazem a trilha sonora da novela O bem-amado, da Rede Globo de Televisão.
1974
Vinicius e Toquinho produzem outra trilha sonora para uma novela da Rede Globo, Fogo sobre terra. Publica em edição artesanal, pelas Edições Macunaíma, História Natural de Pablo Neruda – a elegia que vem de longe.
1975
Grava dois discos com Toquinho na Itália: Toquinho, Vinicius de Moraes e Ornella Vanoni e O poeta e o violão, além de mais um álbum no Brasil, intitulado Vinicius e Toquinho.
1976
Produz com Edu Lobo a trilha sonora do musical Deus lhe pague. Casa-se com a argentina Marta Rodrigues Santamaria.
1977
Participa do show Tom, Vinicius, Toquinho e Miúcha, que fica sete meses em cartaz na casa de shows carioca Canecão. Sai com Toquinho e Maria Creusa em turnê pela Europa, com shows na Itália, na França e na Inglaterra. É lançado o disco Antologia poética, com poemas de Vinicius declamados pelo próprio.
1978
Casa-se com Gilda Mattoso. É lançado o documentário Vinicius, um rapaz de família, dirigido por sua filha Susana Moraes.
1979
A convite do então líder sindical do ABC paulista Luis Inácio Lula da Silva, lê seu poema “Operário em construção” durante assembleia no Sindicato dos Metalúrgicos de São Bernardo. A leitura é aclamada pelos sindicalistas. Sofre derrame cerebral durante voo de volta de uma viagem à Europa.
1980
Morre de edema pulmonar em 9 de julho em sua casa na Gávea, no Rio de Janeiro.